Subtítulo: A perfeita combinação entre vida pública e sofrimento particular.
Edição: 1
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2013
Páginas: 350
Sinopse:
Roseanne McNulty é uma idosa que há quase sessenta anos mora em um asilo. Doutor Grene, há décadas o psiquiatra responsável pela instituição, precisa finalizar alguns casos e analisar que pacientes podem ser liberados antes que o governo derrube o prédio em que ela funciona. Ao estudar o caso de Rose, o médico descobre que não conhece as origens dela nem por que foi parar lá. Como esclarecer isso? Perguntar à frágil paciente já com 100 anos e assumir seu descaso não parace uma boa ideia.
O livro é narrado por duas vozes: a de Roseanne, que escreve em seu diário na tentativa de recordar sua história; e a de Dr. Green, que em suas anotações relata a própria vida e a busca por informações sobre a paciente. A estrutura narrativa é um dos pontos que tornam a obra encantadora. Consegue-se ouvir a história da protagonista por vários referenciais, não sabendo nunca em quem acreditar: na idosa com memória fraca, ou nas testemunhas que o médico vai encontrando em sua pesquisa.
Outro ponto muito interessante é que Rose, ao relatar suas lembranças, desde os tempos em que morava com o pai atrás de um cemitério até os dias atuais, parece estar escrevendo para uma pessoa especial. O leitor o tempo todo vai se perguntar: “Será para mim?” Já o outro protagonista, a todo momento, tenta expiar suas culpas e seus pecados.
Com uma história envolvente e repleta de surpresas, Os Escritos Secretos, de Sebastian Barry, chega ao Brasil após chamar a atenção da crítica literária, após vencer o Costa Book Prize e ser finalista do Man Booker Prize, dois dos mais importantes prêmios de literatura.
Os Escritos Secretos prova como é difícil as pessoas terem certeza exata do que se passou, da sua história. Sebastian Barry mostra que a verdade única e irrevogável não existe, e, na maioria das vezes, as versões dependem de fatores externos que fogem ao controle de cada um.
Um livro bem-escrito que reserva aos leitores um final impressionante, fazendo-os refletir: Teremos sempre certeza do que vivemos?
“Hipnotizante [...]. A prosa de Barry é vívida, cheia de frescor e extremamente comovente.” (The Observer)
“Poderoso e memorável. Sebastian Barry está na linha de frente da ficção irlandesa contemporânea.” (The Financial Times)
“O encanto da história está na fusão gradual entre as duas narrativas e as duas vidas.” (The Economist)
“Terminei o livro em um único dia de leitura. Não consegui parar de ler.” (John Boyne, autor de O Menino do Pijama Listrado)
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Beijos e até a próxima!
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