Últimos Posts

04 fevereiro 2013

Resenha - Eu sou o último judeu

Eu sou o último judeu
Treblinka (1942-1943)
Chil Rajchman
Editora Zahar
152 páginas

Sinopse:

"Estamos preocupados, pois o trem fez meia-volta. Olhamos uns para os outros. O que está acontecendo? Constato que estamos perdidos. É o fim."
Chil Rajchman, em um dos muitos momentos em que achou que seria assassinado. Nenhum campo de extermínio foi tão longe na racionalização do assassinato em massa quanto Treblinka. Lá cerca de 750.000 judeus foram mortos. Apenas 57 sobreviveram. Chil Rajchman foi um deles. Por dez meses, sobreviveu ao absoluto terror. Carregou cadáveres em decomposição. Extraiu dentes dos mortos para que os nazistas aproveitassem o ouro, lavando-os em vasilhas cujos restos de água sanguinolenta mataram a sede de outros prisioneiros. 
    Testemunhou suicídios, empalamentos, centenas de execuções. Foi chicoteado diariamente, teve tifo, sarna. Em agosto de 1943, Chil e outros prisioneiros conseguiram pôr em prática um plano de revolta. Ele foi um dos últimos judeus a escapar de Treblinka.
       Seu relato avassalador e detalhado, escrito ainda durante a guerra e até agora inédito, vem a público acompanhado por fotografias, mapas e a planta do campo de extermínio. Um importante testemunho do que preferíamos esquecer, mas não podemos.

Resenha: 
Chil Rajchman nasceu em Lodz, na Polônia, em 1914, onde viveu com o pai, as três irmãs e dois irmãos até a guerra, pois sua mãe faleceu em 1931. 

O autor traduz com intensidade o inferno vivido no campo de extermínio de Treblinka, um dos mais cruéis deste período, durante a Segunda Guerra Mundial.


Chil Rajchman, nos dez meses de profundo sofrimento humano, na forma física e principalmente psicológica, se submeteu a diversas e terríveis funções, muitas delas inimagináveis e sem qualquer conhecimento prévio da nova tarefa que agarrava, com afinco e pressa para desenvolvê-la da forma mais rápida possível, a fim de ser útil e tentar prolongar sua vida.

Estação de trem - Treblinka

Judeus desembarcam em Treblinka - 1942
(fonte: Wikipedia)

Durante os dezenove capítulos deste livro, mergulhamos nas atrocidades cometidas pelos nazistas, na vivência miserável de prisioneiros submetidos a torturas, castigos, doenças, fome e muita humilhação, sem sombra de alguma forma de dignidade.
"Em virtude da sujeira, a sarna espalhou-se pelo campo e nos contaminou. Como não tínhamos nenhum remédio, utilizamos gasolina, o que nos provocou abscessos por todo o corpo. As dores eram insuportáveis. Mas em Treblinka também era preciso suportar isso..."
Já li diversos livros sobre o tema do holocausto judeu e este é sem dúvida, um dos relatos autobiográficos mais chocantes que já li. Recomendo muito!
“Este texto poderia ter sido publicado há 60 anos.Poderia também nunca ter sido publicado. De todos os testemunhos da máquina de extermínio nazista, este é um dos mais excepcionais, escrito antes do fim da guerra por um homem que foi ao mesmo tempo uma testemunha, uma vítima e um sobrevivente.”
Libération
CHIL RAJCHMAN (1914-2004) casou-se após a guerra com Lila, com quem teve três filhos. Em 1946 trocou a Polônia pelo Uruguai, onde viveu até a morte. Testemunhou em vários processos contra exoficiais da SS nazista.
(fonte: http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos//r1341.pdf)

Beijos e boas leituras!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

© Árvore dos Contos - 2013 | Desenvolvido por Ateliê Juband | clique aqui para adquirir seu blog personalizado
--------------------------------------------------------------------------------------------